Juventude trabalhadora: Programas e projetos sociais inserem jovens no mercado de trabalho

Salvador e as cidades da região metropolitana têm cerca de 513 mil desempregados, segundo dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O número, levantado entre os meses de fevereiro e março deste ano, corresponde a 25,7% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a capital baiana ocupa o 9º lugar no ranking do desemprego no país.

Dentro desta triste realidade, enxerga-se um alívio. As fundações que cadastram e encaminham os jovens às empresas de pequeno, médio e até grande porte, vão de vento em popa. Programas e projetos de cunho social, tais como Jovem Aprendiz; Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento (Isbet); Aprendiz Legal e outros, visam por meio do curso de aprendizagem, conceder conhecimento para que moças e rapazes ingressem no mercado de trabalho e assim tenham condição de ajudar no orçamento de casa e/ou custear o próprio estudo.

Agarrando a oportunidade

Péricles Barreto Neto (22), que atua no Hospital Agenor Paiva, no bairro do Bonfim, está no primeiro emprego de carteira assinada, ele já teve atividades remuneradas, mas sem registro na carteira profissional. “O ambiente propõe facilidades para desenvolver o meu trabalho. Colegas que me receberam super bem e me passaram conhecimento”, diz Péricles sobre a satisfação de estar empregado. Ele também fala que o hospital tem a filosofia de contratar jovens que se desempenhem bem no período do contrato, dentro disto segue se dedicando pela busca de uma oportunidade. “Esforço-me e procuro sempre mostrar o meu melhor e meu potencial, tanto em aprender, como por em prática”, completa o jovem.

A satisfação de Péricles também pode ser notada em Bianca Oliveira (21), recém contrata pela empresa BRF Construtora, na região do Iguatemi. Ela relata a felicidade que sente no seu primeiro emprego. “Meu ambiente de trabalho é ótimo, uma paz imensa, graças a Deus, me dou bem com todos de lá”, comenta Bianca. Com projetos futuros, ela deseja, ao termino do contrato de aprendizado com a BRF, ser efetivada como funcionária para alavancar as suas condições financeiras, podendo pagar a própria faculdade. “Meu plano é me graduar. Atualmente terminei o curso de análise física e química, então o foco agora é a faculdade de fisioterapia.” conclui Bianca.

Matheus Cerqueira (21) presta seus serviços na Speed Service, no bairro da Pituba. Ele quer aproveitar a oportunidade de ofício para realizar concursos públicos, em especial os do exército e da polícia militar. Matheus é muito grato pela labuta diária e é só elogios a Speed Service. “Graças a Deus meus colegas são bem tranqüilos, e é um ótimo ambiente para se trabalhar.” finaliza ele.

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