Confira a entrevista com o jornalista e apresentador do TVE Notícias, Jhonatã Gabriel
- Deivide Souza
- 13 de jun. de 2018
- 3 min de leitura

Cuiabano de nascimento, baiano por opção. É assim que o jornalista Jhonatã Gabriel se define. E não é apenas por opção, o jeito de ser baiano está na sua personalidade e no modo cordial em que se apresenta. Arretado que é, além comandar um dos principais telejornais da TVE Bahia, afiliada da TV Brasil, é repórter multimídia e radialista. Já foi Repórter da Secretária de Comunicação do Estado da Bahia – Secom, Assessor de Imprensa – Sesab. Com apenas 37 anos, já tem uma carreira consolidada no jornalismo baiano. Tive a oportunidade de bater um papo com o apresentador que deu dicas importantes para um bom jornalismo, falou da relação com a internet, como é apresentar o telejornal, além de revelar algumas curiosidades. Confira:
Qual a característica mais importante para um jornalista?
Jhonatã: Na verdade, um conjunto de características. Poderia citar, entre elas, o comprometimento com a apuração, de modo a não deixar dúvidas ao leitor, ouvinte ou telespectador. Preservar as informações apuradas junto à fonte, etc. Mas a principal característica que, a meu ver, um jornalista precisa ter é a consciência do papel que ele tem na sociedade. Do quanto ele pode ajudar (ou não) a esclarecer o público sobre determinado assunto.
Me fale um pouco sobre a influência que a internet tem no seu trabalho e a influência que a profissão traz no cenário político?
Jhonatã: Como as informações chegam muito mais rápido à web e com o crescimento das redes sociais, a Internet se tornou uma ferramenta bastante útil na rotina de um jornalista, em especial, daquele que faz jornalismo diário. No meu trabalho, especificamente, tem sido muito proveitosa a experiência de se apropriar - no sentido mais colaborativo do termo -, dos vídeos que internautas disponibilizam nas redes ou aplicativos de mensagens.
Quanto a influência que o jornalismo tem no cenário político, acredito que os veículos de comunicação, antes mesmo dos institutos de pesquisa, conseguem apresentar aos gestores (políticos) e à população (eleitores) um panorama das ações do poder público e o quanto elas têm sido eficientes coletivamente, o quanto elas têm sido absorvidas pela sociedade. Na rua, as equipes de reportagem têm a possibilidade de ouvir da população os seus anseios, demandas e expectativas, muitas vezes ignoradas pelo poder público, seja por omissão ou negligência. E, depois de exibida a matéria, o poder público dar solução ao problema.
Como é apresentar um dos principais telejornais da TVE Bahia, o TVE Notícias?
Jhonatã: Eu sempre digo às pessoas que visitam o estúdio que a apresentação é a parte mais fácil e mais rápida do jornal. Embora, para muita gente não seja tão fácil assim. Digo isso, porque uma série de etapas antecedem a apresentação e muita gente não sabe. O que seria de um jornal sem uma produção que pensasse as pautas? O que seria de um jornal sem uma equipe que cobrisse as pautas? O que seria de um jornal sem um editor de texto, de imagens? Sem esses importantes colegas fica difícil imaginar como seria o TVE Notícias ou qualquer outro jornal de TV. É um privilégio apresentar e ser um dos editores deste programa, neste horário. Temos o compromisso e a responsabilidade de noticiar, sem sensacionalismo, os principais fatos do dia, da política, economia, passando pelo esporte, até a cultura, etc...
Como você faz para mesclar de maneira harmoniosa a cultura com a notícia factual?
Como o jornal não é feito apenas do apresentador. A figura do coordenador é indispensável na montagem do jornal. Geralmente, as notícias factuais ficam no primeiro bloco. No segundo, as notícias mais frias e não menos importantes. Já no terceiro, esporte, cultura, etc. Mas isso não é uma regra. Depende de uma série de fatores, entre eles, o impacto ou clamor que determinada notícia pode ter junto ao telespectador. Uma notícia quente, por exemplo, pode surgir no decorrer do jornal e, diante da relevância, ser divulgada mesmo que seja no terceiro bloco.
"Qual foi a última vez..."
Qual foi a última … fragrância que você usou?
Jhonatã: Zaad, O Boticário.
Qual foi o último livro que você leu?
Jhonatã: O Fantástico Mundo Autista, de Patrícia Teodolina.
Qual foi a última… música que você ouviu sem parar?
Jhonatã: Você não entende nada, com Caetano e Chico.
Quais foram as últimas férias que você tirou?
Jhonatã: Início de abril, SP.
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