Uso excessivo da tecnologia eleva riscos de cefaleia e problemas de visão
- Yan Passos
- 26 de out. de 2017
- 1 min de leitura
Uma pesquisa feita por um oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, revelou que uso excessivo das novas tecnologias faz com que a incidência da dor de cabeça relacionada à visão aumente de 1% para 30% na infância.
O estudo, realizado com 360 pacientes, entre nove e 12 anos, mostrou que eles costumavam passar seis horas à frente do computador, celular ou videogame ininterruptamente. Segundo o oftalmologista, a especialidade é a primeira a ser procurada pelos pais quando os filhos se queixam de dor de cabeça.
Identificação e Prevenção
“É fácil identificar a cefaleia relacionada ao excesso de computador”, explica o médico. Normalmente, a dor surge após o uso contínuo de duas horas à frente da tela, acompanhada de dor tensional nas têmporas e pescoço. Para solucionar o problema, ele orienta que o indivíduo passe cerca de 15 minutos olhando para o horizonte ou caminhando pela casa. Se não desaparecer, o especialista deve ser consultado.
Índice de miopia
A miopia também é um dos reflexos do uso excessivo da tecnologia. O problema surge com o esforço visual em enxergar de perto. Em conformidade com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), os casos em crianças cresceram 21%. “Por isso, pode ser revertida com descanso dos olhos, mas pode se torna um mal permanente se a criança permanecer diariamente por mais duas horas olhando para as telas eletrônicas”, declara Queiroz Neto.
O oftalmologista ainda destaca que a relação entre a doença e o fator hereditário (genótipo) é real, mas os fatores ambientais (fenótipo) também têm influência. Atividades em áreas externas é uma boa saída para evitar a miopia, recomenda.
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